Oceano de Plástico: A Crise Invisível que Ameaça Nossos Mares
No Brasil, em média, 325 mil toneladas de plástico acabam no
oceano por ano, a partir de fontes terrestres como disposição em lixões a céu
aberto. Esse descarte impacta na vida marinha, nos ecossistemas e na atividade
pesqueira, no qual centenas de espécies marinhas estão morrendo por causa do
plástico, seja por ingestão ou sufocamento.
Os principais impactos para a vida marinha são:
● Um em cada dez animais que ingere
plástico vem a óbito;
● 85% dos indivíduos que ingeriram
resíduos sólidos, inclusive plástico, são espécies ameaçadas de extinção.
Consequências
para o meio ambiente
Existem várias consequências para o meio ambiente: prejuízos
para os ecossistemas marinhos, principalmente desequilíbrio ecológico,
contaminação de peixes e outros animais marinhos que serão consumidos por
pessoas, mortes de pássaros que se alimentam de peixes contaminados, águas das
praias tornam-se impróprias para o banho, alta mortalidade, dependendo da
poluição, de espécies animais marinhas.
Principais
causas da poluição marinha
As principais causas da poluição marinha são: petróleo,
combustíveis e outros produtos químicos que chegam as águas dos oceanos quando
ocorrem vazamentos em navios ou são descartados propositalmente por pessoas
responsáveis por embarcações, acidentes em oleodutos ou plataformas de petróleo
que geram vazamento para as águas marinhas, lixos materiais (plásticos, ferros,
vidros entre outros) que são atirados por pessoas que estão em navios ou
deixados na praia, lançamento de esgoto doméstico e industrial, sem o devido
tratamento, nas águas e descarga de lama.
Impactos na
saúde humana
Contaminação Alimentar:
Substâncias químicas tóxicas, podem se acumular na cadeia
alimentar marinha. Quando os seres humanos consomem frutos do mar contaminados,
podem sofrer envenenamento, problemas neurológicos e outros distúrbios de
saúde.
Os Microplásticos presentes nos oceanos podem ser ingeridos
por peixes e frutos do mar, entrando na dieta humana e possivelmente causando
problemas digestivos e exposição a produtos químicos nocivos.
Doenças Relacionadas à Água Poluída:
Nadar ou ter contato com água do mar poluída pode resultar
em infecções bacterianas, virais e fúngicas. Áreas costeiras contaminadas com
esgoto e produtos químicos podem ser focos de doenças como gastroenterite,
hepatite e doenças de pele.
Impactos Econômicos:
A poluição pode levar à diminuição das populações de peixes,
afetando a indústria pesqueira e a subsistência de milhões de pessoas que
dependem da pesca como fonte de alimento e renda, além de praias sujas e aguas
poluídas afastam turistas, afetando negativamente as economias locais que
dependem do turismo costeiro.
A reciclagem
resolve o problema?
A reciclagem é importante para reduzir a poluição por
plástico, porém não impede o descarte de resíduos plásticos, apenas atrasa esse
processo, já que esse material perde qualidade à medida que vai sendo
reciclado. Para impedir que o plástico entre em nossos oceanos, precisamos
reduzir a quantidade de plástico descartável, desnecessário e problemático,
produzido na fonte.
O que fazer
para reduzir a poluição marinha
Proibição de Plásticos de Uso Único: Implementar e fazer cumprir proibições ou restrições sobre plásticos de uso único, como sacolas, canudos e talheres.
Regulamentação de Resíduos Industriais: Estabelecer normas rigorosas para o descarte de resíduos industriais e agrícolas para evitar a contaminação de rios e oceanos.
Consumo Consciente: Reduzir o consumo de produtos plásticos descartáveis e optar por alternativas reutilizáveis, como garrafas e sacolas de pano.
Reutilização de Materiais: Reutilizar embalagens e objetos sempre que possível, diminuindo a quantidade de lixo gerado.
Separação de Resíduos: Separar corretamente os resíduos recicláveis dos orgânicos e não recicláveis.
Reduzir a poluição marinha é uma tarefa complexa que exige
uma abordagem complexa. Cada ação, por menor que seja, contribui para um
impacto positivo. Ao trabalharmos juntos, podemos proteger nossos oceanos e
garantir um ambiente marinho saudável para as futuras gerações.
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