MITOS E VERDADES SOBRE A EXPOSIÇÃO AO SOL

 MITOS E VERDADES SOBRE A EXPOSIÇÃO AO  SOL

Importância e forma correta de se fazer


A vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel que controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular, e pode ser obtido após exposição solar ou por meio da alimentação. A vitamina D é necessária para a manutenção do tecido ósseo, influencia consideravelmente no sistema imunológico, sendo interessante para o tratamento de doenças autoimunes e no processo de diferenciação celular. A falta do nutriente favorece 17 tipos de câncer. 


"Esta substância ainda age na secreção hormonal e em diversas doenças crônicas não transmissíveis, entre elas a Síndrome Metabólica, que tem como um dos componentes o diabetes tipo 2", diz a nutricionista Natielen Jacques Schuch, professora do Centro Universitário Franciscano UNIFRA. 


Além disso, o consumo da vitamina D é essencial para as gestantes, sendo que a falta dela pode levar a abortos no primeiro trimestre. Já no final da gravidez, a carência do nutriente pode levar à pré-eclâmpsia e aumentar as chances da criança ser autista. Portanto, a substância é essencial para o corpo humano e sua ausência pode proporcionar uma série de complicações. 


É verdade que precisa tomar Sol diariamente para fazer vitamina D. O Sol é a principal fonte deste nutriente essencial uma vez que a concentração de vitamina D na alimentação normal e cotidiana é muito baixa. A vitamina D está presente principalmente em peixes de águas profundas que não fazem parte da alimentação diária de adultos e muito menos das crianças. Contudo, precisaríamos ingerir- todos os dias- aproximadamente 100g de salmão “selvagem”, não criado em cativeiro de pisciculturas, para suprir as necessidades diárias de vitamina D. O Sol, portanto, garante 90% do nosso aporte de vitamina D, assim, apenas 10% das necessidades diárias vêm com a alimentação.


Entretanto, o Sol tem dois tipos principais de raios: UVA (ultravioleta A) e UVB (ultravioleta B). Os UVA estão presentes todos os dias e em todas as estações do ano. São os que produzem manchas, rugas e envelhecimento da pele. Já os UVB aparecem em maior intensidade no meio do dia, entre 10 e 16 horas, principalmente nos meses de verão, e são esses os raios que mais nos fazem produzir vitamina D. Assim sendo, o melhor horário para tomar Sol seria entre 10 e 15 horas.


Quanto a tão temida doença, ambos- UVA e UVB- podem causar câncer de pele. Mas, o consenso atual recomenda tomar Sol por, no máximo, 10 a 15 minutos, diariamente, incluindo crianças, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Fora deste tempo, é necessário o uso de protetor solar. Lembrando que um produto com fator de proteção 30 impede a exposição de até 93% dos raios UVB.


Entretanto, não existe uma parte do corpo que absorve melhor a vitamina D. Este processo ocorre da mesma forma em todas as partes do corpo. A quantidade de vitamina D que será absorvida é proporcional à quantidade de pele que está exposta. Por isso, a orientação para ter boas quantidades deste nutriente é expor no mínimo pernas e braços ao sol sem proteção solar.


Contudo, é imprescindível evitar exposições exageradas ao sol, devendo sempre tomar os cuidados recomendados.


Observação: os idosos produzem menos vitamina D em resposta à exposição ao sol por questões metabólicas relacionadas à idade. "A quantidade da substância produzida em uma pessoa de 70 anos é, em média, um quarto da que é sintetizada por um jovem de 20 anos", constata a nutricionista Rúbia Gomes Maciel, da empresa Natue. Por isso, é interessante que as pessoas com mais de 60 anos conversem com seus médicos sobre a possibilidade de ingerir suplementos de vitamina D.


Gabriela Maria e Roberta Souza 

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