A estação das doenças respiratórias: Por que a contenção dos vírus causadores continua sendo um desafio apesar dos avanços medicinais?

Infecções respiratórias fazem parte de nossas vidas há muito tempo, e são uma das principais causas de morte no mundo. Em retrospectiva podemos listar inúmeras epidemias e pandemias que já enfrentamos ao longo dos séculos XX e XXI, como podemos ver a seguir: 

- Gripe Espanhola (1918 - 1919)
- Gripe asiática (1957 - 1958)
- Gripe de Hong Kong (1968 - 1970)
- Gripe aviária (2003 - 2004)
- SARS (2002 - 2003)
- Gripe A H1N1 (2009 - 2010)
- Covid-19 (2020 - 2022)

Além de todos esses marcos vinculados a doenças respiratórias, há também a gripe sazonal, causada pelo vírus da influenza, que ocorre anualmente em regiões de clima temperado com variações de temperatura ao longo das estações, essas epidemias sazonais ocorrem quase que exclusivamente nos meses de temperatura fria, ou seja, outono e inverno e por isso são estações que merecem maior atenção e cuidado. A gripe sazonal é caracterizada por uma infecção viral aguda que facilmente se espalha de pessoa para pessoa em todo o mundo.  Cerca de 650 mil mortes por ano estão associadas a doenças respiratórias da gripe sazonal, de acordo com novas estimativas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (US-CDC), Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceiros globais na área de saúde. Por isso, a estação das doenças respiratórias é uma época conhecida por trazer gripes, resfriados, bronquites e outras enfermidades que afetam o sistema respiratório das pessoas.

As doenças respiratórias podem ser causadas por diversos fatores internos e/ou externos, em outras palavras ela pode ser de cunho genético, crônico, ou ser adquirida por transmissão. Essas doenças, ainda podem ser agravadas por confinamento e permanência em ambientes fechados  com baixa ventilação, o que facilita a propagação de microrganismos e vírus respiratórios. 

Tal fator contribui consideravelmente para a ramificação dessas doenças, pois há inúmeros ambientes sociais fechados ou com pouca ventilação que possuem um grande volume de tráfego de pessoas, como os ônibus, metrôs, escolas, supermercados  , etc. Isso agregado com a poluição do ar e a baixa umidade climática,o que torna mais difícil a identificação dos indivíduos infectados e faz com que o contágio seja muito rápido, o que gera grandes surtos e sobrecarrega nas unidades de saúde. 

Apesar dos avanços médicos e das campanhas de prevenção realizadas pelos órgãos de saúde, a contenção dos vírus causadores destas doenças ainda é um desafio. A gripe, por exemplo, é uma doença altamente contagiosa que pode ser transmitida através do contato com pessoas doentes ou superfícies infectadas.

A vacinação contra a gripe é uma das medidas mais eficazes na prevenção da doença. A maioria das vacinas são compostas por uma forma adormecida, atenuada ou até mesmo morta do vírus da doença em questão. Dessa forma, é possível promover a produção de anticorpos específicos para tal enfermidade, sem que o corpo seja prejudicado pela doença em si e a progressão dos seus sintomas. Existem também as vacinas que são compostas por parte do código genético do vírus. Boa parte das vacinas disponíveis são oferecidas pelo Ministério da Saúde por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), em postos de saúde. Entretanto, nem todas as pessoas são imunizadas e muitas vezes o vírus da gripe sofre mutação e a eficácia da vacina pode ser reduzida. Além disso, há outras doenças respiratórias que não possuem vacinas disponíveis. 

A higiene pessoal, como lavar as mãos com frequência e utilizar álcool em gel, também é importante na prevenção das doenças respiratórias. Mas a falta de conscientização e a resistência em adotar esses hábitos contribuem para a disseminação dos vírus.

Portanto, além da vacinação, é importante manter os cuidados preventivos de forma ainda mais intensa durante a estação das doenças respiratórias e conscientizar a população sobre a importância dessas medidas. Esses cuidados aliados à imunização de um grande percentual da população, pode ocasionar inclusive a erradicação da doença no país. Um trabalho conjunto entre os órgãos de saúde e a sociedade pode contribuir para reduzir a incidência dessas enfermidades e garantir uma qualidade de vida melhor para todos. 


Alunas: Karla Gabrielle e Tamyres Gabriela

BH, 22.04.2023

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