Dopamina, o que é? E como ela influência o nosso dia a dia?

 


Você já ouviu falar de Dopamina? Por acaso sabe o que é um neurotransmissor? Vejamos, neurotransmissores são os mensageiros químicos do cérebro. São eles os responsáveis por passar informações entre um neurônio e outro, fazendo assim com que sejamos capazes de colocar uma atividade em prática, por exemplo. A dopamina, por sua vez, é um neurotransmissor responsável por levar informações do cérebro para as várias partes do corpo. A substância é conhecida como um dos hormônios da felicidade e quando liberada provoca a sensação de prazer, satisfação e aumenta a motivação.

Qual a função da dopamina?

A dopamina atua nos processos cognitivos, aumentando os níveis de memória e atenção, auxiliando no controle dos movimentos, promovendo a saúde do intestino e contribuindo para o aumento da massa muscular. Também está envolvida com processos como compensação, prazer, humor e algumas funções endócrinas, além de ser precursora de outros neurotransmissores: a norepinefrina e a epinefrina (adrenalina). Estudos recentes também revelaram que essa substância possui papel no que diz respeito a problemas como a esquizofrenia e a doença de Parkinson. A partir desse entendimento, intensificaram-se os estudos a respeito desse neurotransmissor.

No nosso dia-a-dia, como funciona?

A dopamina está relacionada com o chamado sistema de recompensa, que é um circuito neuronal no cérebro que influencia diretamente as nossas emoções. Esse sistema garante a motivação para realizar certas atividades, como a sensação de felicidade quando comemos ao ter fome. Quando os neurônios desse sistema são ativados, eles liberam a dopamina em regiões específicas do cérebro, causando o aumento da sensação de prazer.

A dopamina associada à criatividade:

De acordo com o médico amaricado Daniel Lieberman, também professor e vice-presidente do departamento de psiquiatria e Ciências Comportamentais da Universidade George Washington, a dopamina busca maximizar os recursos que temos. E assim só se interessa por coisas que são novas. Por exemplo, quando eu estava pensando em comprar esse celular, a dopamina estava muito ativa. Estava me fazendo desejar o celular e me dando vontade de sair e pesquisar qual eu quero. Porém, assim que consegui o celular, a dopamina desligou porque isso se tornou uma realidade. Não era mais uma possibilidade. Então a dopamina é usada para processar coisas que não temos e isso pode facilmente se transformar em processar coisas que não existem. Como quer sempre mais, a dopamina sempre precisa de algo novo. Isso explica metade do aspecto criativo da dopamina. A outra metade é que a dopamina está focada no futuro, não no presente. O presente é o que é. Não podemos mudá-lo. Apenas o futuro é maleável e é aí que a dopamina está envolvida. Uma vez que somos capazes de processar dentro de nossos cérebros coisas que não existem fisicamente, isso abre a porta para a criatividade porque agora podemos pensar sobre o que poderia ser, e então podemos criar coisas úteis que ainda não existem.

Qual a influência da dopamina em nossos relacionamentos amorosos?

Apaixonar-se pode ser uma das experiências mais intensas e prazerosas que o ser humano vive ao longo de toda a sua vida. Quando estamos apaixonados, o mundo é novo, com infinitas possibilidades. Com aquela pessoa maravilhosa por quem nos apaixonamos em nossas vidas, nada jamais será o mesmo. É uma sensação absolutamente maravilhosa. E a dopamina desempenha um papel muito importante nisso, porque é sobre sempre querer mais e mais dessa sensação. Mas o problema é que isso não dura para sempre. Em média, a paixão dura cerca de 12 meses e depois a dopamina começa a diminuir e a intensidade daquele sentimento de estar apaixonado também. Nesse ponto, as pessoas costumam cometer um erro. Eles acham que como o sentimento de estar apaixonado, está desaparecendo, talvez isso signifique que esta não é a pessoa certa para elas. Mas isso não é verdade. É assim que o cérebro funciona. O que precisa acontecer é o amor apaixonado evoluir para algo chamado amor companheiro. O amor companheiro não envolve dopamina, mas sim algumas das substâncias químicas do cérebro “aqui e agora”, especificamente a oxitocina. O amor companheiro não tem a intensidade febril do amor apaixonado, mas pode ser muito maravilhoso. Essa pessoa por quem você se apaixonou evolui para seu melhor amigo, alguém que está sempre ao seu lado, em quem você sabe que pode confiar e sua vida se torna cada vez mais profundamente entrelaçada com a dela. E acho que se pode argumentar que, ao longo das décadas, isso é ainda mais maravilhoso do que o amor apaixonado. Se nos deixarmos seduzir pela dopamina que quer a excitação e a novidade, isso vai levar à traição, porque a pessoa acha que precisa da emoção do novo parceiro. Então a dopamina nos colocará em um relacionamento maravilhoso. Mas se não tivermos cuidado, ela também pode arruinar esse relacionamento maravilhoso.

 

Alunas: Karla Gabrielle e Tamyres Gabriela

BH, 27.05.2023

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